28.3.08

Ai, a latinidade...

Hoje de manhã, andando pelas redondezas do lar, meio cabisbaixa... E eis que me surge essa beleza emocionante da mais pura essência da breguice envolta na passionalidade latina. Lindo...
Quando o Almodóvar transformar em trilha sonora de um de seus filmes então... ai ai


Corazón Partío

Composição: Alejandro Sanz

Tiritas pa este corazón partío.
Tiritas pa este corazón partío,

Ya lo ves, que no hay dos sin tres,
Que la vida va y viene y que no se detiene...
Y, qué sé yo
Pero miénteme aunque sea dime que algo queda
Entre nosotros dos, que en tu habitación
Nunca sale el sol, no existe el tiempo ni el dolor.
Llévame si quieres a perder, a ningún destino, sin ningún por qué.
Ya lo sé, que corazón que no ve,
Es corazón que no siente,
El corazón que te miente amor.
Pero, sabes que en lo más profundo de mi alma,
Sigue aquel dolor por creer en ti,
¿qué fue de la ilusión y de lo bello que es vivir?
Para qué me curaste cuando estaba herío,
Si hoy me dejas de nuevo con el corazón partío.

¿Quién me va a entregar sus emociones?
¿Quién me va a pedir que nunca le abandone?
¿Quién me tapará esta noche si hace frío?
¿Quién me va a curar el corazón partío?
¿Quién llenará de primaveras este enero,

Y bajará la luna para que juguemos?
Dime, si tú te vas, dime cariño mío,
¿Quién me va a curar el corazón partío?

Tiritas pa este corazón partío.
Tiritas pa este corazón partío.

Dar solamente aquello que te sobra,
Nunca fue compartir, sino dar limosna, amor.
Si no lo sabes tú, te lo digo yo.
Después de la tormenta siempre llega la calma,
Pero, sé que después de ti,
Después de ti no hay nada.
Para qué me curaste cuando estaba herío,
Si hoy me dejas de nuevo con el corazón partío.

¿Quién me va a entregar sus emociones?
¿Quién me va a pedir que nunca le abandone?
¿Quién me tapará esta noche si hace frío?
¿Quién me va a curar el corazón partío?
¿Quién llenará de primaveras este enero,

Y bajará la luna para que juguemos?
Dime, si tú te vas, dime cariño mío,
¿Quién me va a curar el corazón partío?
¿Quién me va a entregar...

26.3.08

Sabedoria de domínio público...

Tem coisas que a gente não sabe de onde vem, e muito menos entende por que vem. Como a saudade...
Como as lindas quadrinhas populares que andam pelo mundo... E chegam do nada para comover nosso dia...

Quem sofre o mal da saudade
Não acha livre um momento,
Pois tem perto a enfermidade
E longe o medicamento

25.3.08

Canção excêntrica

Ando à procura de espaço
para o desenho da vida.
Em números me embaraço
e perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso,
protejo-me num abraço
e gero uma despedida.

Se volto sobre meu passo,
é distância perdida.

Meu coração, coisa de aço,
começa a achar um cansaço
esta procura de espaço
para o desenho da vida.
Já por exausta e descrida
não me animo a um breve traço:
- saudosa do que não faço,
- do que faço, arrependida.


Cecília Meireles

24.3.08

Viva a modernidade!

A segunda -feira é um bom dia para se pensar como o mundo deu errado, como o projeto faliu. A sensação é de que para resolver isso aqui, só fechando e começando de novo. O capital, a racionalidade, a aceleração do tempo, enfim, a modernidade que deveria civilizar o homem, criou a bestialidade mal humorada tão bem expressa pelo chute inicial da semana. A bola começa a rolar, a felicidade do domingo vai embora. Mas no mundão, o jogo não tem regras claras, apenas indicadas.

Nessa perspectiva de que o projeto racionalista, bestializou ainda mais as pessoas, temos aqueles figuras que "metodologicamente" tentam mapear a miséria humana. E então, como se algo, os fatos, mudassem sendo quantificados, eis que entramos no mundo da estatística. Sempre somos estatística. Alguma. Qualquer.

Se tomamos café em casa, utilizamos o transporte público e trabalhamos 8 horas por dia, alimentamos determinada análise.
Se, ao contrário, comemos na rua, nos locomovemos de carro, e ganhamos dinheiro em 3 horas por dia, somos outra.

Enfim, o fato é que dificilmente conseguimos perceber que os números, tentam reproduzir nossa vida, nosso comportamento social. Nunca achamos que é com a gente. A estatística é sempre o outro. A desgraça sempre está ao lado.

Mas hoje não... Tudo está tão cinzamente segundona pós -ressaca e preguiça do feriado, que me ocorreu o quanto sou tão todo mundo, quanto todo mundo. Quanto qualquer nicho de mercado. Quanto qualquer consumidora. Quanto qualquer estatística.

E claro que eu já sabia. Mas ainda mantinha aquela impressão de que, pretensiosamente, ao menos tentava ser diferente.

Pois bem... não sou.

E por mais que isso pareça uma besteira de desabafo bloguístico, é mais sério, é bem mais sério.

Agora, eu realmente me vejo como uma estatística. Eu me identifico com uma delas e isso faz com que eu veja também as outras. O quanto sou todas elas.

A memória precisa do esquecimento para se construir. E decididamente, não vou esquecer o dia em que percebi/virei só uma estatística.

17.3.08

De volta...

Muito bem... Devido às constantes cobranças dos seis fiéis leitores desse blog, resolvi justificar minha ausência, que, em parte, se relaciona ao mesmo questionamento da companheira de vida e de blog, a famigerada Encantadora de gatos. Ou seja: viver ou escrever?
Entretanto, o que dificulta tudo ainda mais, não é necessariamente o fato de que minha vida anda suppeerrr animada (em paz sim, animada nem tanto, tumultuada e boa, talvez), mas o parco acesso à tecnologia. Em suma, não tenho mais internet em casa. Quando chego perto dessa beleza da pós-modernidade, geralmente preciso resolver questões pontuais. E no trabalho então, faço o que tenho que fazer e saio correndo. Não dá vontade de tomar mais uma e escrever no blog.
E por fim, acho difícil escrever em casa e publicar depois. O meu blog, normalmente, tem a velocidade dos sentimentos e eles mudam sempre, muito rápido. Muitas vezes eu relia uma publicação do dia anterior e já não era a mesma coisa. Uma tristeza, ou um emputecimento (como o de agora, já que acabei de sair da sala de aula), não é o de ontem e não será o de amanhã.
Com exceção dos momentos de "coisas e valores para a vida", ou seja, os mais inspirados e portanto, mais raros, todos as outras escrivinhadas são fugazes como os momentos que as propiciam.

Enfim, tudo isso para dizer que não abandonei esse espaço e que continuo gostando muito das trocas que eles me propiciam.
E enquanto não escrevo, permaneço lendo os amigos, a parte realmente interessante disso tudo aqui.