Quando penso no que gosto de ter na vida, tudo parece tão elementar e óbvio, que não tê-las me dói como se me faltasse conhecer a lua...
Parece que quanto mais besta o desejo, mais difícil é chegar na plenitude.
Como as poesias do Manuel Bandeira. De tão simples, dão é uma bruta vontade de chorar...
Por mim e pelo mundo.
Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
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