O último rolê ainda está na minha garganta. Tanta coisa na cabeça... Tudo divertido, ótimo, mas sempre tem alguma coisa que incomoda porque afinal estamos no mundo. Até porque o que aconteceu acontece o tempo todo. E olha que já faz um tempo que não vou para o bar sozinha... Quando muito no pagode.
Bom, acontece que tomar uma cerveja tranqüila e sozinha no balcão ou na mesa continua sendo uma missão Magaiver. Principalmente se chegou o fim da noite e temos o agravante de um certo espírito “último dia de carnaval”. Tudo bem o moço chegar, conversar, estamos aí... O problema é que quando as mulheres dizem não obrigada, os moços entendem que é um sim com charminho...
Aí está armado o problema: o sujeito começa a pesar, sua paciência está curta e a língua solta...
Acontece é que o número de mulheres que freqüentam o bar sozinhas ou com as amigas está aumentando. E os rapazes vão ter que se acostumar com isso e aprender a serem bacanas. Entender que galanteios podem ser gentis e bem vindos desde que não sejam invasivos e persistentes. A gente obviamente também gosta de paquerar desde que seja uma relação entre duas pessoas e não entre um homem e um bife.
Essa escrivinhada, um pretenso-proto-samba, é mais ou menos sobre isso. Contou com a colaboração de Che Serguei, o gato punk (que inclusive achou a letra bunda mole... o Che acha que a gente tem que cuspir na cara desses moços mal educados).
Substituí o forró, a trilha sonora original da situação, por um samba porque ainda não me meti a ter um triângulo em casa. Talvez eu tenha problemas com os vizinhos.
O título foi alterado acatando a sugestão da cuqs..
A musa inspiradora é a Juju, companheira de samba e de viagens. Ela, como tantas outras companheiras, sabe do que estou falando e estava comigo quando tiramos a foto dessa pixação genial em Buenos Aires mi querida ...
Salve a mulherada que está na luta e não desanima de conquistar seus espaços no mundão...
Sai do meu canto do balcão.
Não pense moço que eu vim pro samba
Porque fujo do amor ou minha vida é procurá-lo
Eu não vim aqui atrás de um marido
Nem de um caixa –forte
Nem de um otário
Estou bem tranqüila para ouvir um samba
Beber uma cerveja
Dar a graça e um rebolado
Quem sabe até trombar algum parceiro
Pra tomar uma saideira
Ou virar meu namorado
Sei que às vezes sou mal educada
Mas quando eu digo não
Eu quero dizer não
Se o moço ganha o meu coração
Não hei de preferir passar a noite no balcão
E se acostume a dividir o espaço
A roda
A alegria
E o violão
Que entrar no jogo do salário é nada
Mas pago minha cerveja
E não quero confusão
Sai do meu canto do balcão!
2 comentários:
Aê Cassinha! Adorei!
Beijão!
Aline
Adoro!!
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