Outro dia fui ao cinema depois de um tempão... A vizinha e eu fomos conferir o sucesssooooo "Nosso Lar". Realmente deprimente pensar que aquilo é uma boa representação do imaginário comum angustiado com a idéia de que ninguém fica para semente...
Só pensava o tempo todo: Que merda é essa? Se isso é o paraíso, que bosta de vida alguém que acha aquilo o máximo leva na terra?
Lastimável... tudo branco (principalmente as pessoas excetuando-se o pessoal da cota), chato, com violinos, música erudita, trabalho pra caralho, meritocracia, propriedade, fome, risco de ir para o inferno, dor....
E o pior...a eternidade! Ou ao menos uma vida muito prolongada da expectativa que tenho para mim. Imagina, a moça é mãe de uma chata, louca, sem noção e reencarna para cumprir sua missão e ser mãe daquela praga de novo! Fala se isso não é mais angustiante do que simplesmente ver a luz e acabar.
Eu não quero morrer agora, evidente. Mas também não quero durar tanto assim e nem reviver minhas merdas em outra vida. já me basta essa. Me recuso a pensar que as coisas que cruzaram esta vida, também cruzaram outras e continuarão cruzando e atravessando meu samba.
Sinceramente só vejo uma vantagem em toda essa moda espírita: se for verdade, na próxima vida eu não deixo escapar e encaminho mais cedo para o limbão do outro lado.
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Um comentário:
ha ha ha... deus que me livre...
bjão,
aline
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