22.2.08

Vida no centrão...

Sai da província e acelerei o tempo da vida. Nós caipiras somos como crianças em alguns espaços, ainda nós impressionamos com as coisas, não temos aquele ar blasé metropolitanto zona oeste, de quem já viu tudo, ou quer parecer que já viu.
Agora mesmo, só de sentar em uma lan house e resolver minha vidinha medíocre, a moça do lado me fez ouvir a conversa dela com o namorado. Primeiro resisti, tentei pensar em outra coisa. Depois ficou bonitinho, me envolveu e não pude mais ignorá-la. A moça deve se chamar Antonio no registro oficial. Mas de que importa isso no espaço do anonimato e dos nomes não oficiais?
A moça me entreteu enquanto eu resolvia meus probleminhas bestas com o sistema Fênix. A moça trocou hoje os euros e está indo ser mais um traveco brasileiro na Europa. E sabe extamente onde está se metendo.
A moça então deu uma trepadinha por telefone. E disse que ele era especial, que dessa vez estava gostando de verdade dele, que queria ser fiel e tudo. Depois disse eu te amo, mandou milhões de beijos beijando um celular, declarou a saudade e avisou que estava chegando.

Me emocionei um pouco. E depois lembrei que provavelemente nunca mais veria aquela rosto na vida. Não saberia o que seria daquelas pessoas, daquele amor.

E sabendo detalhes bem íntimos daqueles desconhecidos, simplesmente levantei, falei boa tarde e sai.

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