27.8.08

Trotsky para prefeito de São Paulo!












Não é o próprio gente?
Quem mais colocaria a Internacional Comunista, tocada por um teclado a la anos 80, como fundo musical da propaganda política? Quem mais bradaria em pleno horário nobre da TV: Governança Comunista, por uma São Paulo camarada? E ainda colocaria uma puta tia rouca, feminista e comunista com um ar de Heleninha Roitman como candidata a vereadora?

É por essas e outras que nós, do coisinhas e nóis, apoiamos Edmilson Costa. E é por esses figuras que eu adoro horário eleitoral e eleições....

22.8.08

Para a companheira de vida e de carnavais


Boas Vindas
Caetano Veloso


Sua mãe e eu
Seu irmão e eu
E a mãe do seu irmão
Minha mãe e eu
Meus irmãos e eu
E os pais da sua mãe
E a irmã da sua mãe

Lhe damos as boas-vindas
Boas-vindas, boas-vindas
Venha conhecer a vida

Eu digo que ela é gostosa
Tem o sol e tem a lua
Tem o medo e tem a rosa
Eu digo que ela é gostosa
Tem a noite e tem o dia
A poesia e tem a prosa
Eu digo que ela é gostosa
Tem a morte e tem o amor
E tem o mote e tem a glosa

Eu digo que ela é gostosa
Eu digo que ela é gostosa
Sua mãe e eu
Seu irmão e eu
E o irmão da sua mãe

21.8.08

E a vida andando

As novidades, vez por outra, despertam meu conservadorismo. Hojeestou tão emocionada com as novas, que dei para ter saudade do Chico Buarque. Saudade da minha paixão e de sentir de novo as coisas que esse moço canta...

Eu te amo

Chico Buarque
Composição: Tom Jobim / Chico Buarque
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.

Politica I

Faz tempo que não falo de Piedade... Mas tenho sentido falta de estar mais lá nesses tempos. Na verdade são as eleições. Sempre fico com vontade de conviver mais com a cidade quando começam as disputas para o pleito municipal. O bar fica parecendo uma Àgora, todo mundo vira um cidadão e dá pitado sobre os candidatos e administração atual. Um puta clima politizado.

E nesse ano tudo está ainda mais legal para mim: Meu pai, depois de muitas eleições, se retirou da cena política piedadense. Não sou mais filha de candidato, e logo não vou ser mais filha de vereador. Não que hoje em dia me incomode tanto, mas na adolescência era um inferno. E olhe que eu nem era do PT. Em época de eleição sempre rolava aquela intimada de bar, no calor das discussões políticas:
-E aí, e o seu pai?
- Que tem meu pai?
- Você vai votar nele?
- Não sei.
- O cara está com o Tadeu (PSDB), mas é seu pai.
- Pois é, seu eu pudesse não deixava.
- Imagina se você não vota nele e ele perde por um voto?
- Puts, que merda.

Essa conversa era tão freqüente, que não tinha como não ficar pensando. Em Piedade, dado o número de eleitores, é perfeitamente possível alguém perder por um voto. E no fim, na hora, eu sempre votava. Votava, antes escrevendo Camarão na cédula, e agora, no tiozão da foto que aparecia na tela da urna.

Em outra ocasião, os vereadores resolveram, como é de praxe, aumentar o próprio salário. Cidade em polvorosa, a galera achando uma vergonha. Na escola todo mundo falando, puto. Até que um professor, de História e do PT (craro), resolveu levar todo mundo para a Câmara na hora da sessão. Foi a coisa mais punk que eu já vi em Piedade. A molecada tomou o lugar, e jogaram até sofá pela janela. Todo mundo empolgado, escutando as justificativas dos vereadores. Eu naquela puta situação desgraçada, meio no canto, dava um grito e depois me escondia no fundo. Até que meu pai foi abrir a boca (ele tinha votado contra, ufa....) e um menino do meu lado, que eu á não trombava muito, levanta no meio da fala dele e grita:
- Ladrão... Você é um ladrão como todos esses outros daí.
Meu pai parado, olhando para ele. Um mamute chucro e enfurecido olhando para um menino de 16 anos que a essa altura já estava visivelmente assustado.
- Sua sorte moleque é que você é de menor, porque se não, eu descia daqui agora e aí você ia ver quem é o ladrão.

Nossa... O menino fez um B.O contra o meu pai por ameaça. E eu admito que dei uma queimada de leve com o cigarro no figura. Foi horrível ver alguém xingando o meu pai de ladrão. E mais horrível ainda ter que ficar acuada e não poder xingar o pai dos outros livremente, como é a parte divertida de qualquer manifestação.Porra, por que tinha que ser logo o meu pai no meio daquela palhaçada toda?

Outro dia fui tomar uma com a galera de lá. Saímos do bar do Mineiro (porque toda cidade de respeito tem que ter um bar do Mineiro) e fomos para o bar da Preta Véia, que fica no meio do nada com lugar nenhum, cercado com muito mato. E assim podemos fugir da maldita lei do psiu e fazer um som. Aí chega o Zezé, amigo do meu pai e tocador oficial do violão de 7 cordas. Conversa vai, conversa vem...

-Ô fia, dessa vez seu pai não vai não né?
- Pois é Zezé, cansou, tá precisando cuidar da vida.
-E você, vota em quem?
-Poxa, no Baitaquinha né, lógico.

Tô em campanha... Se tudo der certo, o Baitaca, meu candidato, terá uma trajetória “a la Lulão” e em mais 3 ou 4 eleições ele vai ser prefeito.
Hehe.

13.8.08

Sobre a vitória do feminismo liberal

Ou: O dia em que as mulheres ganhando, perderam

Para Cqs... Afinal isso aqui saiu depois uma longa orgia gastronômica no famigerado Rei do Filé, gastando nossa parte de salário, ops, quer dizer, de emancipação...

O mundo não para. A produção não cessa e compete incessantemente entre si. Rivalizando consigo mesma, a máquina se humaniza e coisifica a humanidade na medida em que suas necessidades são mais importantes. Ela precisa ser mais rápida e mais eficaz, e para tanto, o homem atrapalha.
- Ele gera custo, ele precisa de salário. Esse desgraçado tem família e eu tenho que sustentá-los, sendo que nem sei se vou precisar dos seus filhos futuramente, como no tempo de minhas máquinas avós.
Quando um dia, a vaidade das máquinas, que querem ser melhores entre si, conseguiu praticamente extinguir o trabalho vivo, apenas alguns machos @ continuavam a ser importantes, afinal eram eles que podiam alimentar o duelo de Titãs que se estabelecera. Eles e somente eles ainda participavam da brincadeira, eram os melhores. Os outros, no início, ocupavam outros setores da sociedade, o de serviços. Entretanto, as mulheres aos poucos foram dominando seus espaços. A cada dia elas emancipavam-se mais e mais dos homens e prendia-se ao pouco trabalho que ainda restava. Elas trabalhavam com afinco, eficiência, colocavam a carreira/emprego em primeiro lugar. Elas precisam se libertar, ficar livres de seus algozes ancestrais, e vender a alma para o diabo-deus mercado era o preço a se pagar pela liberdade. A liberdade, aquela... A mesma que os homens lutavam há mais de duzentos anos para conquistar. A liberdade de consumir, de ser um indivíduo, de poder vender minha força de trabalho para o senhor de engenho que eu quiser. Viva a liberdade!
Muitos homens passaram a perambular pelas ruas, perdidos, sem saber o que fazer agora que lhes tiravam o trabalho. Batiam em suas esposas quando essas regressavam do dia de liberdade na roda viva do mercado. Não podiam compreender como o mundo os havia descartado. Eles é que construíam o mundo. As mulheres cuidavam das atividades subsidiárias. Assim é o mundo livre.
As mulheres, libertas e presas, passaram a perceber todo o poder que o diabo-deus havia lhes dado. Passaram a desprezar os homens. Eles não serviam mais para nada mesmo. Podiam comprar apetrechos chineses baratos que supriam a força física necessária para se abrir uma lata de palmito. Tudo é moderno: Ou se arruma com um tapa, ou se joga fora e compra outro quando der.
Entre eles, muitos se resignavam e, por vezes, até gostavam da nova função: Donos do lar. Agora a casa e os filhos eram deles. Pediam dinheiro para a mulher para comprar cigarros e a cervejinha (uma só porque elas geralmente não gostavam que ele bebessem muito) do fim do dia.
- Afinal, talvez seja melhor do agüentar aquele filha-da-puta do Alcides que passou a me foder depois que virou chefe. Pelo menos ela gosta de sexo.

As mulheres agora tinham tempo além do trabalho para pensar em outras coisas. Podiam ir para o bar, ver as amigas, discutir política. Começaram a ter idéias novas. Começaram a organizar associações políticas, soviets exclusivamente femininos. Faziam greves no setor privado de serviços, eram unidas e vez por outra paravam todo o sistema de telemarketing de uma cidade. Praticamente paravam o comércio do lugar. Não tinham força na produção, dado que o setor era minúsculo, mas atuavam fortemente na circulação de mercadorias.
Elegeram uma presidenta, pelo partido Scum, fazendo coro com outros diversos países. Até a China já era governada por uma mulher. A América Latina e a Europa em sua maioria também. Apenas os E.U.A continuavam com um presidente homem, um pastor, mas estes já não tinham tanta importância...
Tomaram o Estado. A social democracia das mulheres, já que as membras consideradas radicais por falarem de classe e fazerem a crítica ao sistema foram banidas. Eram dinossauras anacrônicas.
Aí foi demais. Milícias de machos passaram a se organizar. Machos pobres principalmente, aqueles que não conseguiam se adequar ao mundo das mulheres. Não tinham emprego, e não conseguiam se casar. A questão de gênero continuou sendo uma questão de classe, como sempre foi, mas agora, os homens é que estavam na rebarba do sistema. Eram eles que lutavam por direitos.
A tensão aumentou. A Presidenta Scum, alegando motivos de força maior e segurança pública, convenceu o Senado e a Câmara, ambos constituídos basicamente por mulheres lindas, ricas e que gozam loucamente, ou seja vitoriosas, e por isso eleitas, a lhe dar plenos poderes para agir. O executivo precisava ser forte para que dessa forma, pudesse ter agilidade e destreza para agir enérgica e pontualmente no que fosse necessário. O exército, dividido entre mulheres e submissos conservadores que agiam apenas pela cabeça de suas esposas, estava com ela.

Para que a ordem das coisas se mantivesse: a produção funcionando, as mulheres pobres trabalhando como serviçais baratas, e seus homens cuidando da miserável casa e dos seus mal cuidados filhos, além de fazerem bicos da casa de madamos, os privilegiados que passavam o dia tomando wiski enquanto a mulher mega executiva trabalhava e tinha amantes.

Para que essa bela obra não se desfizesse, esse mundo que lutamos tanto para conquistar. Quantos sutiãs queimados? Quanto trabalho gratuito para mostrarmos o quanto éramos eficientes? Quantos filhos não tidos ou simplesmente largados pelo caminho, nas casa de avós ou na rua?

A perseguição passou a ser cruel. A presidenta escum que nunca vira com bons olhos a permanência de vícios de feminilidade fora da esfera estritamente sexual reprodutiva da cama, fechou o congresso alegando que aquelas mulheres lindas estavam à serviço dos homens. Elas continuavam a se enfeitar porque subjetivamente, eram submissas. E muitas subjetividades viram uma objetividade, portanto uma fraqueza. Foram todas gentilmente enviadas para casa e voltaram as suas atividades de empresárias herdeiras. Magoadas, mas como eram ricas, podiam continuar a serem as fofas enfeitadas em seus oásis particulares. Pensando bem é até melhor, dado que sendo ilegal, constituia um privilégio ainda maior. Lá poderiam fazer as unhas, hidratação, depilação, massagem... Poderiam passar o dia experimentando roupas e modelos novos. Cheirando a melhor cocaína e indo fazer 3 horas de ginástica. E de noite, iam lindas e clandestinas para lugares escusos, onde pagavam bebidas para vagabundos bonitos e silenciosos... Esses guetos eram frequentados por mulheres ricas ou de classe média, apenas fúteis e loucas por diversão, ou subversivas e atuantes politicamente. De qualquer forma, os locais eram poucos e elas acabavam por freqüentar os mesmos ambientes, unindo-se territorialmente por não se resignaram ao Estado. Poucas mulheres pobres conseguiam ter acesso a esse mundo. Por vezes, essas moças, fúteis ou progressistas que se mesclavam entre si, e que encontravam homens de vida clandestina nos guetos mais obscuros. Eles, apesar de inimigos para a maioria, para o senso comum, de questionarem a hegemonia e opressão das mulheres, eram homens que pareciam tão interessantes... Já as guerrilheiras, aquelas que foram banidas nos primeiros tempos da social democracia feminista, viviam escondidas no pouco que nos restava do que chamávamos de “campo”, mato.

Enquanto isso, as mulheres pobres deveriam sacrificar-se pela causa feminista de Estado. Uma sociedade nova só poderia ser construída com muito esforço e disciplina. Nada de perder tempo se arrumando. Isso são resquícios do tempo em que éramos escravas dos homens. Os interrogatórios eram cruéis.
- Você vestiu uma lingerie preta e ficou de quatro, em posição de submissão ao seu amante?
- Não..... juro que não....
- Mas sua vizinha delatou você. Disse que ouviu coisas indecentes do barraco dela e, quando foi verificar, lá estava você, cedendo as próprias fantasias.
- Tá bom, eu confesso. Dei de quatro e vesti lingerie vermelha.
- Era preta.
- Tá. Tá... preta então....

E no outro caso, com as moças de classe média:
- Você deixou de ir trabalhar na empresa e passou o dia tomando sorvete de chocolate, assistindo filme romântico e chorando pelo seu ex? Aquele que te trocou por uma perua de salto alto, altamente subversiva?
- Não... eu estava chorando porque não passei em uma prova da pós graduação...
- Mentira, era por causa de um homem.
- Não, juro. Era pela minha vida profissional...

A opressão pelo ser correto e plenamente feminista passou a ser tanto quanto a piora significativa nas condições de vida. Nem mesmo as mulheres tinham emprego. Muitas camelôs andavam pelas ruas com suas mercadorias, e, mesmo a atividade tendo sido proibida aos homens, elas também eram muitas. Faxineiras andavam de casa em casa oferecendo seus serviços. Concorrendo com elas e clandestinamente, portanto de forma mais barata, homens donos de casa buscavam serviço para ajudar suas mulheres desempregadas.

Milhões de pessoas iam para as ruas e exigiam eleições livres mistas. Achavam que o problema do Estado e do eminente colapso econômico, era a falta de democracia, transparência e vontade política. Diante das pressões, a Presidenta Scum renunciou. O governo provisório e misto que assumiu o poder, imediatamente, liberou a censura aos salões de beleza e as fábricas e manufaturas de produtos de beleza em geral. Restabeleceu-se a liberdade de ser enfeitada e bonita, enquanto manteve-se a opressão de todo o resto. As guerrilheiras que teimavam em falar de igualdade social continuavam banidas e perseguidas.
Mas o mercado da beleza reaqueceu os empregos femininos. O dinheiro voltou a circular por meio de unhas feitas e cabelos pintados. A desigualdade continuou, mas agora poderíamos continuar lutando por liberdade. Podemos continuar pedalando sem chegar a lugar nenhum. Sem ao menos sair do lugar...

E assim, a aparência foi considerada em detrimento da essência e as questões conseqüentes, transformados em questões primordiais, esconderam onde é que realmente morava o problema. E o capital continuou caminhando para sua ruína, levando consigo uma parte do mundo. E a paz dos pobres mais uma vez se restabeleceu...

12.8.08

E o problema continua o mesmo...


Ou seja, a princípio todo mundo é bonzinho... E nem todos os desgraçados usam armas explícitas para ferir.
E eu, não tenho mais a idade da Mafalda para ainda não ter entendido isso.

11.8.08

Itamar para os raivosos

O Itamar Assumpção é um daqueles artistas que fazem da empiria dessa vida dura, áspera e intratável, força motriz de seus desabafos musicais... Tem sempre uma música para cada situação... Mas eu, particularmente, ando preferindo as raivosas.


Vê Se Me Esquece

Já que você não aparece,
Venho por meio desta
Devolver teu faroeste,
O teu papel de seda,
A tua meia bege,
Tome também teu book,
Leve teu ultraleve
Carteira de saúde,
Tua receita de quibe,
De quiabo, de quibebe,
Do diabo que te carregue,
Te carregue, te carregue
Teu truque sujo, teu hálito,
Teu flerte, tua prancha de surf,
Tua idéia sem verve,
Que nada disso me serve
Já que você não merece,
Devolva minhas preces,
Meu canto, meu amor,
Meu tempo, por favor,
E minha alegria que,
Naquele dia,
Só te emprestei por uns dias
E é tudo que lhe pertence

Ps: já que você foi embora por que não desaparece?

8.8.08

O grande pulinho chinês...


"Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantámos." Provérbio chinês

Estou adorando essa de Olimpíadas... A outra foi chata, em Atenas, ficou aquela babação de ovo em cima do berço da democracia, nossos iguais, civilizados.
Dessa vez, estou me sentindo na Guerra Fria.
Muito legal para os nostálgicos do tempo em que o comunismo representava uma ameaça ao mundo livre. Quando a história não tinha acabado e o muro ainda estava de pé.
Agora, segundo a mídia e mais especificamente os jornais da globo, os comunistas voltaram a comer criancinhas...
Pior, eles comem as gordinhas do sexo feminino, escravizam os gordinhos, e colocam as magrinhas e magrinhos em centros de treinamento militar esportivo, onde elas serão sacrificadas durante toda a vida para se tornarem campeões nas olimpíadas e demonstrarem a superioridade dos chineses frente aos E.U.A, os defensores da liberdade. Ufa...
Que medo do chineses... Ainda bem que agora estou bem informada e sei o quanto eles são malvados!
E mais, nunca tive tanto orgulho de nosso modo de vida ocidental. Nunca tinha me dado conta de quanto sou privilegiada e feliz, por isso é bom sempre ser informada, para perceber como vivem os infelizes atrasados por aí.
Graças a Deus, mais especificamente ao Deus da América (aquele que escolheu os camaradas ao norte para cuidar de todos nós), vivo na parte livre do mundo!

1.8.08

O tal do politicamente correto...

Ultimamente essa é a nova fixação da humanidade: Ser politicamente correto. Não se pode falara mais nada sem pensar 450 vezes se não estamos agredindo alguma minoria, grupo étnico, regionalidade, parentesco, traumas, sexualidade...
me parece que a sociedade resolveu utilizar a linguagem para fingir que os problemas não existem. Anulando a forma-palavra, passa-se a fingir que o preconceito, as sacanagens, os valores deturpados, a evidente valorização da vida de alguns em detrimentos de outras, deixaram de existir.
Ninguém mais fala.
E tudo contunua a existir.
E assim varremos o problema para debaixo do tapede. O melhor, dos dicionários.

Mas e o humor? Onde fica o humor?

Como fazer humor politicamente correto? Como pode tudo ficar mais chato e careta a cada dia?

Não sei, mas pensei nisso com uma piada que ouvi no rádio. Engraçada e incorreta.

E agora? É feio dar risada?

Terremoto no Ceará

Depois dos terremotos ocorridos na Ásia, o Governo Brasileiro resolveu cobrir todo o país. O então recém-criado Centro Sísmico Nacional, poucos dias após entrar em funcionamento, já detectou que haveria um grande terremoto no Nordeste do país.
Assim, enviou um telegrama à delegacia de polícia de Icó, uma cidadezinha no interior do Estado do Ceará.

Dizia a mensagem :

-Urgente. Possível movimento sísmico na zona. Muito perigoso. Richter 7. Epicentro a 3 km da cidade. Tomem medidas e informem resultados com urgência!!!!

Somente uma semana depois, o Centro Sísmico recebeu um telegrama que dizia:
- Aqui é da Polícia de Icó. Movimento sísmico totalmente desarticulado. Richter tentou se evadir, mas foi abatido a tiros. Desativamos as zonas Todas as putas estão presas. Epicentro, Epifania, Epicleison e os outros cinco irmãos estão detidos.

Não respondemos antes porque houve um terremoto da porra aqui!!!!