Que sou professora.. Baaahhh! Coisa sem graça quando se sonha o que se é. Não gosto de sonho com cara de realidade... Ontem passei o dia falando da redemocratização, do Sarney e o escambau. Desmaiei de tão cansada com a certeza que minha cabeça só voltaria no dia seguinte. Engano. Trabalhou a noite inteira. Discutiu planos econômicos, viveu com uma inflação de 224% na sombra, foi fiscal do Sarney, comprou coisas com ágio, lutou contra a carestia ao lado de outros professores...
Acordei mais cansada do que dormi. Com a cabeça tão acelerada que só me resta escrever qualquer coisa.
E ainda por cima, tive um medo danado de acordar e encontrar uma nota de 100 cruzados na mesa da minha sala... Acho que preciso de férias...
O mundo, as relações, o sexo... Nada vai ser fácil enquanto as mulheres continuarem a achar que o problema do mundo é a simples e ontológica opressão do macho... É a existência do homem em si. Acho que nessa linha, tudo só tende a ficar mais e mais complicado e dolorido. Por isso o meu apelo: Por favor minas, deixem os homens continuarem sendo homens, por favor! Eu gosto muito deles e não admito, não concebo, um mundo sem homens. Ou a existência medíocre de seres cabisbaixos oprimidos pela vingança de gênero. Dignidade para todos! Até para os homens rsrsrs...
Vim de longe vou mais longe, quem tem fé vai me esperar Escrevendo numa conta pra junto a gente cobrar
No dia que já vem vindo Que esse mundo vai virar
Noite e dia vem de longe Branco e preto a trabalhar e o dono senhor de tudo Sentado mandando dar e a gente fazendo conta Pro dia que vai chegar Marinheiro, marinheiro quero ver você no mar Eu também sou marinheiro eu também sei governar Madeira de dar em doido vai descer até quebrar É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar
Meio caipira e deslumbrada com as luzes da cidade. E por vezes, meio irritada com essa mesma luz que não deixa matar a saudade da lua e das estrelas....