18.5.07

Intensidade...

Detesto a intensidade com que vejo as coisas. Tenho dormido pouco, pensado muito e resolvido quase nada. Tenho mais me angustiado do que vivido....
Aí me pergunto se precisa...
Aí leio algo assim:

O mesmo,parece,se passa com a angústia do amor: ela é o temor de um luto que já ocorreu, desde a origem do amor, desde o momento em que fiquei encantado. Seria preciso que alguem pudesse me dizer: "Nao fique mais angustiado, voce já o perdeu." (Fragmentos de um discurso amoroso)

E quero pensar assim para sofrer menos. Ou passar o dia lendo Manuel Bandeira e ouvindo Itamar Assumpção para sofrer de um jeito mais bonito...


DESENCANTO


Eu faço versos como quem chora

De desalento... de desencanto...

Fecha meu livro, se por agora

Não tens motivo nenhum de pranto.



Meu verso é sangue. Volúpia ardente...

Tristeza esparsa... remorso vão...

Dói-me nas veias. Amargo e quente,

Cai gota a gota, do coração.



E nestes versos de angústia rouca

Assim dos lábios a vida corre,

Deixando um acre sabor na boca.



__ Eu faço versos como quem morre.


Manuel Bandeira




Apaixonite Aguda

Itamar Assumpção

Quando estou longe
Quero ficar perto
Quando estou perto
Quero ficar dentro
Quando estou dentro
Quero ficar mudo
Quando estou mudo
Quero dizer tudo

ps- E para aliviar um pouco, porque afinal de contas ,precisa sobrar tempo na vida para as coisinhas e o nóis (as belas pessoas que me cercam), acabei de abandonar um curso da licenciatura. A angústia melhorou... e agora posso dormir mais um pouquinho...

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