23.9.08

E no fim das contas, o que realmente importa?

Cada vez mais acho que é o amor. O amor em todas as suas revelações, principalmente pelas mulheres e homens maravilhosos que cruzaram e cruzam sempre minha vida. Seguindo o conselho da encantadora de gatos: ter paciência. Tanto nos dias e noites passadas nas esquinas da São João, quanto nos momentos tumultuados em que o amor imediato faz falta e agita o corpo. E assim perder o medo de se estrepar. Ou seja, de beber, cair e levantar....

O resto só aparece e move o mundo.


O Amor Bate na Aorta
C.D.A


Cantiga de amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.
Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito.
O amor bate na porta
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.
Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.
Amor é bicho instruído.
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que corre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender...

3 comentários:

Thays Lima disse...

gostei vc escreve bem!
boa noite
bjuu

Lia Kayano Morais disse...

eu encontrei um grande amor e ela se chama Cássia... beijim

Anônimo disse...

Ai Cassinha.... como você é linda!!

Amo te para siempre

aline