17.11.08

Amor - Por secos e molhados

Leve, como leve pluma
Muito leve, leve pousa.
Muito leve, leve pousa.

Na simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma
Suave coisa nenhuma.
Sombra, silêncio ou espuma.
Nuvem azul
Que arrefece.

Simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma.
Que em mim amadurece


O confuso e sempre presente amor. Normalmente se associa amor ao relacionamento institucional, o namoro "firme" ou o casamento. Particularmente faz muito tempo, anos, que eu não namoro. Apenas namoro na ação. Vez por outra é claro que faz falta, mas quando olho para os lados, minha impressão é que em grande parte dos relacionamentos as pessoas mais se punem do que se amam. Estão mais preocupadas com o status moral do amor do que com o companheirismo que lhe dá sentido. Sempre acreditei que "estar namorando" significa ser companheira de alguém. Por isso não acho que tive algum namorado nos últimos anos: nunca senti esse companheirismo. Nesse caminho machuquei corações que queriam amar o meu, e fui machucada por outros que não me queriam. E assim se vive.
Lembrei de uma frase bonita que vi outro dia: A paixão é monogâmica, mas o amor tem outros caminhos.
O amor não é suave, não é enquadrado e muito menos pode ser moldado aos modelos de relacionamento evolutivo. Quem precisa de uma relação estável como atestado de maturidade e sucesso pessoal, perde o melhor do amor.
E é por esse melhor sempre buscado que ele me amadurece.

Um comentário:

Bia disse...

Gostei...
bastante!!

bjão