13.8.06

Fúria - O bilhar


Impressionante o poder do jogo... limpa a cabeça, pelo menos no momento da tacada. Concentra, te faz pensar só naquele instante, e ainda permite que se desconte a raiva empossada dentro da gente. Principalmente quando é raiva da gente mesmo. Ontem ganhei duas seguidas e raramente consigo tal façanha, mas a necessidade de pensar em algo que não fosse o meu umbigo, empurrava o jogo. Umas bolas bonitas que nem eu não sei de onde estavam vindo, mas vinham. Quando a cabeça voltava a caraminholar besteiras, a lembrar de frases como "Voce não tem nada de interessante" e a garganta embolava na solidão, no nó de se sentir muito só, na vontade de não ser tão auto-suficiente assim.... pronto, já vinha o famoso "sua vez", e lá se ia o pensamento para as estratégias da mesa. E acertar trazia a sensação confortante de que pelo menos alguma coisa estava dando certo naquele dia que, apesar de muito coletivo e festivo, tão para todo mundo, só me trouxe sentimentos ruins e egoístas. Não consegui me alegrar no coletivo. Ontem só me encontrei no jogo e na bebida, de verdade. Sorte no jogo.... já viu, né?

2 comentários:

Anônimo disse...

Vem aqui na pequena Londres jogar comigo no famoso Pé na Cova...
a gente empata! rs
Já escrevi os agradecimentos da minha dissertação, pra brincar um pouco, teu nome tá lá, por fazer parte da minha vida sempre.
Te amo
Dani.

Anônimo disse...

Olha que curioso:
Gentes vêem no código-símbolo "8" uma única mensagem: “é o algarismo arábico oito”. Nós, envolvidos na imensidão desta territorialidade e temporalidade, damos um tombo-encachaçado neste mesmo código-símbolo e ele para nós multiplica os sentidos, fica representando o infinito.

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