30.3.09

Companheiro é companheiro...

Meus deuses... Como pode alguém viver sozinho nessa vida que tantas vezes só faz sentido pelas companhias?
O mundo me lembra frequentemente aquela cantadinha manjada "festa estranha com gente esquisita". É tão desconfortável quanto uma festa de casamento, daquelas que só a classe média assalariada pode te propiciar. Com um buffet que tenta fazer linha de fino, mas é completamente amador e descapitalizado. Uma banda mercenária tocando o repertório clássico no melhor estilo "wisky a go-go". Todo mundo – sobretudo as mulheres, claro- usando aquelas roupas absurdamente desconfortáveis, espalhafatosas e, pior, jurando que está um arraso. Com uns pobres coitados agüentando desaforo de convidado folgado reclamando da demora do gelo do víscão passaporte para a ressaca... enfim, aqueles espaços patéticos que só mesmo a demanda classe média em prestações é capaz de atrair e contratar. Mas esse cenário de horror pode ficar absolutamente divertidíssimo se pudermos contar com a presença dos companheiros de vida. Tudo bem desde que eu possa levar amiguinhos...
Com todos os elementos absurdos e desconexos que formam o cenário onde nossa vida se desenrola. Com toda a cretinice da submissão ao trabalho e à sobrevivência. Com a sempre presente filhadaputice diária. Com suportar tudo isso se nesse cenário, além de tudo, o espetáculo for feito por uma pessoa só?

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