11.8.09

Poesia adolescente...

... mas que sempre vale a lembrança e a vontade de fazer diferente.

Despertar é preciso.

Na primeira noite eles aproximam-se
e colhem uma flor do nosso jardim
e não dizemos nada.

Na segunda noite,
Já não se escondem;
pisam as flores, matam o nosso cão,
e não dizemos nada.

Até que um dia o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada.


Vladimir Maiakóvski,1930.

Um comentário:

Bia disse...

É!...
Lembro dessa poesia num livro de Lingua Portuguesa da 7a. ou 6a. série!
Acho que vou usá-la com meus alunos!!
Boa Lembrança Companheira!!

bjo