7.11.07

Tchuva cai, o porco mete, dá uma tristeza na gente...

Sempre se leva pessoas pela vida... aquelas que apesar de distantes, sempre te trazem lembranças, coisas boas, vontade de ver.
A Dani Doms é uma delas. Esse era o nome artístico de uma das minas mais do caralho que eu conheci. Forte, bonita, sensível.
A Dani me protegia na escola quando eu arranjava encrenca. Vai lá pro ginasião pra ver se o bicho não pega...ainda mais pra mim que era, digamos, um pouco odiada. Depois melhorou, mas quando eu fui pra lá, a fofinha que vinha da escola particular de volta para o Estado... hum... problemas de classe mesmo.

Os fudidos X classe média limbo.

Jogaram minha carteira na privada do banheiro masculino imundo na primeira oportunidade. A vida é essa bosta assim. As coisas tomam esse rumo. Eu virei universitária. As moças viraram caixas de supermercado.
Mas quando a Dani veio para me fazer companhia fiquei folgada. Arranjava tretinha, pagava de muita louca, porque sabia que ela trincava comigo. Sempre. Nós duas.
Todo dia eu andava um dez minutos a mais só para passar na casa dela. Casa de fumantes onde tinha o café da tia Vilma e, na falta de recursos, um delicioso Continental roubado do digníssimo Vardão, ou como é mais conhecido, o Vardão da Sabesp.

A vida andou, eles ficaram mais juntos, eu tomei um rumo diferente.

E hoje, quando li o blog da companheira (http://insipidoeinodoro.blogspot.com/), me deu uma saudade grande de tudo. De quando a gente enchia a cara na pastelaria pra não morrer de tédio. Li essa frase do título e me veio toda a nostalgia do que é morar em Piedade. Da melancolia. Do não ter o que fazer. Do ser meio roça meio cidade.

Dani, bom saber que você está mais perto. E valeu por ainda lembrar dessa peróla do tempo que a gente se enxergava um no outro.

2 comentários:

? disse...

Boas lembranças!
Escreverei as minhas sobre esse tempinho!
bjos.

? disse...

Agora fala sério, Cá: nome artístico?? Essa foi boa!!
E viva as putinhas e os viados do teatro!!! rsss